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UMA CIDADE SEM MEMÓRIA CULTURAL É UMA CIDADE SEM FUTURO HISTÓRICO

Hilda Hilst



Página Maria Granzoto

Editora de Literatura Brasileira ArtCulturalBrasil
Arapongas - Paraná


HILDA HILST


ALCÓOLICAS

Também são cruas e duras as palavras e as caras
Antes de nos sentarmos à mesa, tu e eu, Vida.


É crua a vida. Alça de tripa e metal.
Nela despenco: pedra mórula ferida.
É crua e dura a vida. Como um naco de víbora.
Como-a no livor da língua
Tinta, lavo-te os antebraços, Vida, lavo-me
No estreito-pouco
Do meu corpo, lavo as vigas dos ossos, minha vida
Tua unha plúmbea, meu casaco rosso.
E perambulamos de coturno pela rua
Rubras, góticas, altas de corpo e copos.
A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos.
E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima
Olho d'água, bebida. A Vida é líquida.

(Alcoólicas - I)

* * *

Também são cruas e duras as palavras e as caras
Antes de nos sentarmos à mesa, tu e eu, Vida
Diante do coruscante ouro da bebida. Aos poucos
Vão se fazendo remansos, lentilhas d'água, diamantes
Sobre os insultos do passado e do agora. Aos poucos
Somos duas senhoras, encharcadas de riso, rosadas
De um amora, um que entrevi no teu hálito, amigo
Quando me permitiste o paraíso. O sinistro das horas
Vai se fazendo tempo de conquista. Langor e sofrimento
Vão se fazendo olvido. Depois deitadas, a morte
É um rei que nos visita e nos cobre de mirra.
Sussurras: ah, a vida é líquida.

(Alcoólicas - II)

* * *

E bebendo, Vida, recusamos o sólido
O nodoso, a friez-armadilha
De algum rosto sóbrio, certa voz
Que se amplia, certo olhar que condena
O nosso olhar gasoso: então, bebendo?
E respondemos lassas lérias letícias
O lusco das lagartixas, o lustrino
Das quilhas, barcas, gaivotas, drenos
E afasta-se de nós o sólido de fechado cenho.
Rejubilam-se nossas coronárias. Rejubilo-me
Na noite navegada, e rio, rio, e remendo
Meu casaco rosso tecido de açucena.
Se dedutiva e líquida, a Vida é plena.

(Alcoólicas - IV)

* * *

Te amo, Vida, líquida esteira onde me deito
Romã baba alcaçuz, teu trançado rosado
Salpicado de negro, de doçuras e iras.
Te amo, Líquida, descendo escorrida
Pela víscera, e assim esquecendo
Fomes
País
O riso solto
A dentadura etérea
Bola
Miséria.
Bebendo, Vida, invento casa, comida
E um Mais que se agiganta, um Mais
Conquistando um fulcro potente na garganta
Um látego, uma chama, um canto. Amo-me.
Embriagada. Interdita. Ama-me. Sou menos
Quando não sou líquida.

(Alcoólicas - V)

(in Do Desejo - Campinas, SP: Pontes, 1992)

Hilda Hilst nasceu na cidade de Jaú, interior do Estado de São Paulo, no dia 21 de abril de 1930, filha única do fazendeiro, jornalista, poeta e ensaísta Apolônio de Almeida Prado Hilst e de Bedecilda Vaz Cardoso. Com pouco tempo de vida, seus pais se separaram, o que motivou sua mudança, com a mãe, para a cidade de Santos (SP). Seu pai, que sofria de esquizofrenia, foi internado num sanatório em Campinas (SP), tendo nessa época 35 anos de idade. Até sua morte passou longos períodos em sanatórios para doentes mentais.

Foi para o colégio interno, Santa Marcelina, na cidade de São Paulo, em 1937, onde estudou por oito anos. No ano de 1945 matricula-se no curso clássico da Escola Mackenzie, também naquela cidade. Morava, nessa época, num apartamento na Alameda Santos, com uma governanta de nome Marta.

Em 1946, pela primeira vez, visitou o pai em sua fazenda em sua cidade natal, Jaú.   Em apenas três dias, no pouco tempo que passou com ele, perturbou-se com sua loucura. Em "Carta ao Pai" diz a biografada:

"Só três noites de amor, só três noites de amor", implorava o pai, sim, o pai, ele nunca fizera uma coisa como essa, sim, era Jaú, interior de São Paulo, um dia qualquer de 1946, sim, a filha deslumbrante, tremendo em seus 16 anos, sim, o pai a confundia com a mãe, a mão dele fechada sobre a dela, sim, o pai a confundia com a mãe, a confundia, sim?..."

Aconselhada pela mãe, em 1948 inicia seus estudos de Direito na Faculdade do Largo do São Francisco. A partir de então levaria uma vida boêmia que se prolongou até 1963. Moça de rara beleza, Hilda comportava-se de maneira muito avançada, escandalizando a alta sociedade paulista. Despertou paixões em empresários, poetas (inclusive Vinicius de Moraes) e artistas em geral. 



Em 1949 é escolhida para saudar, entre os alunos de Direito, a escritora Lygia Fagundes Telles, por ocasião do lançamento de seu livro de contos "O Cacto Vermelho".

Hilda lança, nos dois anos seguintes, seus primeiros livros: "Presságio" (1950), e "Balada de Alzira" (1951).

Conclui o curso de Direito em 1952. Três anos depois publica "Balada do Festival". 

No ano de 1957 viaja pela Europa por sete meses (junho a dezembro). Namora com o ator americano Dean Martin e, fazendo-se passar por jornalista, assedia, sem sucesso, Marlon Brando, outro galã de Hollywood.

Em 1959 publica o livro de poesia "Roteiro do silêncio" e "Trovas de muito amor para um amado senhor". José Antônio de Almeida Prado, primo da escritora, inspira-se em poemas desse último livro e compõe a "Canção para soprano e piano". Em outras oportunidades voltou a basear-se em textos de Hilda para compor alguns de seus trabalhos mais significativos. Os compositores Adoniran Barbosa ("Quando te achei") e Gilberto Mendes ("Trovas"), entre outros, também se inspiraram em textos da autora.

"Ode fragmentária" é lançado em 1961. Seu livro "Trovas de muito amor para um amado senhor" é reeditado por Massao Ohno.

É agraciada com o Prêmio Pen Club de São Paulo pelo livro "Sete cantos do poeta para o anjo", em 1962. Passa a morar na Fazenda São José, a 11 quilômetros de Campinas (SP), de propriedade de sua mãe. Abre mão da intensa vida de convívio social para se dedicar exclusivamente à literatura. Tal mudança foi influenciada pela leitura de "Carta a El Greco", do escritor grego Nikos Kazantzakis. Entre outras teses, defende o escritor a necessidade do isolamento do mundo para tornar possível o conhecimento do ser humano. 

Muda-se para a Casa do Sol, construída na fazenda, onde passa a viver com o escultor Dante Casarini, em 1966. Morre seu pai.

Em 1967 redige "A possessa" e "O rato no muro", iniciando uma série de oito peças teatrais que escreveria até 1969. Lança "Poesia (1959 / 1967)".

Por imposição da mãe, internada no mesmo sanatório em Campinas onde estivera seu pai, casa-se com Dante Casarini, em 1968. Escreve as peças "O visitante", "Auto da barca de Camiri", "O novo sistema" e "As aves da noite". "O visitante" e "O rato no muro" são encenadas no Teatro Anchieta, em São Paulo, para exame dos alunos da Escola de Arte Dramática, sob direção de Terezinha Aguiar.

Em 1969 escreve "O verdugo" e "A morte do patriarca". A primeira recebe o Prêmio Anchieta. A montagem de "O rato no muro", sob a direção de Terezinha Aguiar, é apresentada no Festival de Teatro de Manizales, na Colômbia.

"Fluxo-Floema", sua primeira obra em prosa, é lançada em 1970. A peça "O novo sistema" é encenada em São Paulo, no Teatro Veredas, pelos Grupo Experimental Mauá (Gema), sob a direção de Terezinha Aguiar. Baseando-se nos experimentos do pesquisador sueco Friedrich Juergenson relatados no livro "Telefone para o além", Hilda Hilst iria se dedicar, ao longo desta década que se iniciava, à gravação, através de ondas radiofônicas, de vozes que, assegurava, seriam de pessoas mortas. No mesmo período anunciou a visita de discos voadores à sua fazenda. "O verdugo" é editado em livro, e é, até hoje, a única que não é inédita. Morre sua mãe, Bedecilda.

Em 1972 o Grupo de Teatro Núcleo, da Universidade Estadual de Londrina, sobre a direção de Nitis Jacon A. Moreira, encena a peça "O verdugo". Essa mesma peça é encenada no Teatro Oficina, em São Paulo, sob a direção de Rofran Fernandes, no ano seguinte, época em que foi lançado seu novo livro "Qadós". 

"Júbilo, memória, noviciado da paixão" é lançado em 1974.

No ano de 1977 é publicado o livro "Ficções", que recebe o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), como "Melhor Livro do Ano".

Três anos depois, 1980, saem os livros "Poesia (1959/1979)", "Da morte. Odes mínimas", e "Tu não te moves de ti". Recebe da APCA o prêmio pelo conjunto da obra. Estréia a montagem de "As aves da noite" no Teatro Ruth Escobar, com direção de Antônio do Valle. Divorcia-se de Dante Casarini, mas o ex-marido continua morando na Casa do Sol.

Passa a fazer parte do Programa do Artista Residente da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), em 1982. Lança "A obscena senhora D". No ano seguinte publica "Cantares de perda e predileção", que recebe os prêmios Jabuti (da Câmara Brasileira do Livro) e Cassiano Ricardo (do Clube de Poesia de São Paulo).

Em 1984 saem os "Poemas malditos, gozosos e devotos". Dois anos depois, em 1986, publica os livros "Sobre a tua grande face" e "Com meus olhos de cão e outras novelas". 1989 marca o lançamento de "Amavisse".

Com "O caderno rosa de Lori Lamby", livro que consagra a nova fase  iniciada em "A obscena senhora D", a escritora anuncia o "adeus à literatura séria" (1990). Justifica essa medida radical como uma tentativa de vender mais e assim conquistar o reconhecimento do público. A obra provoca "espanto e indignação" em seus amigos e na crítica. O editor Caio Graco Prado se recusa a publicá-la e o artista plástico Wesley Duke Lee a considera "um lixo". Lança "Contos d'escárnio/Textos grotescos e Alcoólicos".

O quarto livro dessa fase que, para muito, como dissemos, causou "espanto e indignação", "Cartas de um sedutor" é lançado em 1991. O livro "O caderno rosa de Lori Lamby" é traduzido para o italiano. Estréia, em São Paulo, a peça "Maria matamoros", adaptação do texto "Matamoros" que se encontra no livro "Tu não te moves de ti".

Em 1992 lança a antologia poética "Do desejo" e "Bufólicas", na verdade uma brincadeira quase infantil da autora, por muitos visto como uma paródia. Passa a colaborar com o Correio Popular, jornal diário de Campinas (SP), escrevendo crônicas semanais; o trabalho se estenderia até 1995.

No ano seguinte publica "Rútilo nada", num livro que também continha "A obscena senhora D" e "Qadós". "Rútilo nada" recebe o Prêmio Jabuti na categoria "Contos". 

Em 1994, "Contos d'escárnio & Textos Grotescos" é traduzido para o francês.

No ano seguinte sai o volume "Cantares do sem nome e de partidas". O Centro de Documentação Alexandre Eulálio, da UNICAMP, adquire seu arquivo pessoal. A escritora sofre isquemia cerebral.

Em 1997, lança "Estar sendo. Ter sido". Seus poemas são lidos em Quebec, Canadá, juntamente com textos de Safo, Gabriela Mistral e Marguerite Yourcenar, entre outras autoras, no recital Le féminin du feu, durante as comemorações do Dia Internacional da Mulher.

A edição bilíngüe (português-francês) do livro "Da morte. Odes mínimas" é publicada em 1998. Publica também "Cascos & Carícias: crônicas reunidas (1992-1995)", volume de textos que saíram no jornal "Correio Popular". Volta a se dedicar a questões sobrenaturais: afirma acreditar no contato dos mortos com a Terra através de mensagens enviadas via fax.  Reafirma o desejo de construir em suas terras um centro de estudos da imortalidade.

Em 1999, lança a antologia poética "Do amor". Sob a coordenação do escritor Yuri V. Santos entra no ar seu site oficial:


"O caderno rosa de Lori Lamby" é levado ao palco sob direção de Bete Coelho e tendo no papel principal a atriz Iara Jamra.

Em 2000, lança "Teatro reunido" (volume 1)". Estréia, em Brasília, a adaptação teatral de "Cartas de um sedutor". Estréia, na Casa de Cultura Laura Alvin, no Rio de Janeiro, o espetáculo "HH informe-se", reunião e adaptação teatral de textos da autora. Inauguração, em dezembro, da "Exposição Hilda Hilst - 70 anos", evento criado pela arquiteta Gisela Magalhães no SESC Pompéia, em São Paulo.

Em 2001, estréia, no Rio de Janeiro, a adaptação teatral de "Cartas de um sedutor". A Editora Globo passa a ser responsável por toda sua obra publicada.

Agraciada, em 2002, com o Prêmio Moinho Santista - 47ª edição, categoria poesia.

Agraciada, em 2003, pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), na área de literatura, com o Grande Prêmio da Crítica pela reedição de suas "Obras completas".

Hilda Hilst faleceu no dia 04 de fevereiro de 2004, na cidade de Campinas (SP).


ODE DESCONTÍNUA E REMOTA PARA FLAUTA E OBOÉ
de Ariana para Dionísio

Poemas de HILDA HILST musicados por ZECA BALEIRO






Ainda muito jovem, no início da carreira, o maranhense Zeca Baleiro enviou o seu primeiro disco para a grande Hilda Hilst. Ficou surpreso com um telefona da poeta maldita. Queria uma parceria com o cantautor...  "Quero ser famosa, cansei dessa história de prestígio" disse ao compositor...  Já em 2003 ele começava a gravar o disco, mas levou dois anos de trabalho... Sem duvida, o mais sofisticado de sua carreira., a partir dos versos de "Júbilo memória noviciado da paixão".   Zeca levou para o estúdio um elenco estelar de cantoras: Rita Ribeiro, Verônica Sabino, Maria Bethânia, Jussara Silveira, Angela Ro Ro, Ná Ozzetti, Zélia Duncan, Olívia Byington, Mônica Salmaso e a Angela Maria (que coroou a gravação com seu fraseio perfeito, inconfundível : como não reconhecer?!!!).
Hilda teria aprovado as versões musicais de seus poemas depois de opinar sobre algumas métricas da composição conforme o ritmo do poema original. Coisa própria de poeta. Mas ela morreu em 2004, antes do lançamento da obra, que é peça de culto em acervos mais eruditos, mais exigentes.  Ela nem precisou dessa forcinha para ficar famosa, embora sua fama seja um desvio de interpretação de sua obra, vista pelo lado mais frívolo. O disco de Zeca Baleiro nos reconstitui a Hilda que nós mais apreciamos, madura e lírica sem deixar de ser sensual.   A.M.

Escritório de Hilda Hilst


Obras da Autora:
Individuais:
Poesia:

Presságio - SP: Revista dos Tribunais, 1950. (Ilustrações Darcy Penteado).

Balada de Alzira - SP: Edições Alarico, 1951. (Ilustrações de Clóvis Graciano).

Balada do festival - RJ: Jornal de Letras, 1955.

Roteiro do Silêncio - SP: Anhambi, 1959.

Trovas de muito amor para um amado senhor - SP: Anhambi, 1959 SP: Massao Ohno, 1961.

Ode fragmentária - SP: Anhambi, 1961.

Sete cantos do poeta para o anjo - SP: Massao Ohno, 1962. (Prêmio PEN Clube - S. Paulo) (Ilustrações de Wesley Duke Lee).

Poesia (1959/1967) - SP: Livraria  Sal, 1967.

Júbilo, memória, noviciado da paixão - SP: Massao Ohno, 1974.

Poesia (1959/1979) - SP: Quíron/INL, 1980. (Ilustração de Bastico).

Da Morte. Odes mínimas - SP: Massao Ohno, Roswitha Kempf, 1980. (Ilustrações da autora)

Cantares de perda e predileção - SP: Massao Ohno/M. Lídia Pires e Albuquerque Editores,1980 (Prêmio Jabuti/Câmara Brasileira do Livro. Prêmio Cassiano Ricardo/Clube de Poesia de São Paulo.)

Poemas malditos, gozosos e devotos - SP: Massao Ohno/Ismael Guarnelli Editores, 1984.

Sobre a tua grande face - SP: Massao Ohno, 1986.

Amavisse - SP: Massao Ohno, 1989.

Alcoólicas - SP: Maison de vins, 1990.

Do desejo - SP: Pontes, 1992

Bufólicas - SP: Massao Ohno, 1992. (Desenhos de Jaguar).

Cantares do sem nome e de partidas - SP: Massao Ohno, 1995.

Do amor - SP: Edith Arnhold/Massao Ohno, 1999.
Ficção:

Fluxo-Floema - SP: Perspectiva, 1970. Qadós - SP: Edart, 1973.

Ficções - SP: Quíron, 1977. (Prêmio APCA. Melhor livro do ano.)

Tu não te moves de ti - SP: Cultura, 1980.

A obscena senhora D - SP: Massao Ohno, 1982.

Com meus olhos de cão e outras novelas - SP: Brasiliense, 1986. (Ilustrações da autora).

O caderno rosa de Lori Lamby - SP: Massao Ohno, 1990. (Ilustrações de Millôr Fernandes).

Contos d'escárnio/Textos grotescos - SP: Siciliano, 1990.

Cartas de um sedutor - SP: Paulicéia, 1991.

Rútilo nada - Campinas: Pontes 1993. (Prêmio Jabuti/Câmara Brasileira do Livro.)

Estar sendo. Ter sido - SP: Nankin, 1997. (Ilustrações de Marcos Gabriel).

Cascos e carícias: crônicas reunidas (1992 / 1995) - SP: Nankin, 2000 Antologias Poéticas:

Do desejo - Campinas, Pontes, 1992.

Do amor - SP: Massao Ohno, 1999.
Participações em coletâneas:

"Agüenta coração". In: Flávio Moreira da Costa - Onze em campo e um bando de primeira - Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1998, pp. 39-40.

"Canto Terceiro, XI (Balada do Festival)". In: Milton de Godoy Campos - Antologia poética da Geração de 45 - São Paulo: Clube da poesia, 1966, pp.114-115.

"Rútilo nada". In: Renata Pallotini - Anthologie de la poésie brésilienne - Paris: Chandeigne, 1988, pp.373-381m, tradução de Isabel Meyrelles.

"Gestalt". In: Ítalo Moriconi - Os cem melhores contos brasileiros do século - Rio de Janeiro: Objetiva, 2000, pp. 332-333.

"Do desejo" (fragmentos), "Alcoólicas" (fragmentos). In: Ítalo Moriconi - Os cem melhores poemas brasileiros do século - Rio de Janeiro: Objetiva, 2000, pp.289-290, 293-295.

"Do desejo (poema XLIX)". In: José Neumanne Pinto - Os cem melhores poetas brasileiros do século - São Paulo, 2001. pp. 230.

"Poeti brasiliani contemporanei". Prefácio e seleção de Silvio Castro. Veneza - Centro Internazionale della Gráfica di Venezia, 1997, pp.64-75.
Em parceria:

Renina Katz: serigrafias.  Poema de Hilda Hilst - SP: Cesar, 1970.
Teatro :

A Possessa - 1967.

O rato no muro - 1967.

O visitante - 1968.

Auto da barca de Camiri - 1968.

O novo sistema - 1968.

As aves da noite - 1968.

O verdugo - 1969 (Prêmio Anchieta - Conselho Estadual de Cultura, 1970)

A morte do patriarca - 1969.

Teatro reunido (volume I) - 2000. (com exceção da peça "O verdugo", todas as obras são inéditas).
Traduções:

Para o alemão:

Briefe eines Verführers. (Cartas de um sedutor, fragmento).
Tradução de Mechthild Blumberg. Stint. Zeitschrift für Literatur, Bremen, n.27, ano 15, pp.28-30, out. 2001.

Funkelndes Nichts (Rútilo nada). Tradução de Mechthild Blumberg Stint. Stint. Zeitschrift für Literatur, Bremen, n.29, ano 15, pp.54-66, ago. 2001.

Vom Tod. Minimale Oden (Da morte. Odes Mínimas). (Odes I, IV, V, VI, VIII, XII, XIX e poemas I e III de "À tua frente. Em vaidade". Tradução de Curt Meyer-Clason. In: Modernismo Brasileiro und die brasilianische Lyric der Gegenwart. Berlin, 1997.

Para o espanhol:

Rútilo nada. Tradução de Liza Sabater. De azur. Nova York, pp.49-59, jun/ago. 1994.

Para o francês:

Contes sarcastiques - fragments érotiques - Paris: Gallimard, 1994.

L'obscène madame D suivi de le chien - Paris: Gallimard, 1997.

Da morte. Odes mínimas / De la mort.  Odes minimes - SP: Nankin Editorial / Montreal, Le Noroît, 1998 (edição bilingüe português / francês). (Ilustrações da autora.)

Para o italiano:

Il quaderno rosa di Lori Lamby - Roma: Sonzogno, 1992. 

Para o inglês:

Glittering Nothing. Tradução de David Willian Foster. In: Cristina Ferreira Pinto - Urban Voices - Contemporary Short Stories from Brazil.
New York, University Press of America, 1999.

Two Poems. Tradução de Eloah F. Giacomelli.
The Antagonish Review- Scotia, n. 20, p. 61, out. 1975.
Prêmios:

Em 1962, o Prêmio PEN Clube de São Paulo, por Sete cantos do poeta para o anjo (Massao Ohno Editor, 1962).

Em 1969, a peça O Verdugo arrebata o prêmio Anchieta, um dos mais importantes do país na época. A Associação Paulista dos Críticos de Arte (Prêmio APCA) considera Ficções (Edições Quíron, 1977) o melhor livro do ano.

Em 1981, Hilda Hilst recebe o Grande Prêmio da Crítica para o Conjunto da Obra, pela mesma APCA.

Em 1984, a Câmara Brasileira do Livro concede o Prêmio Jabuti a Cantares de perda e predileção (Massao Ohno - M. Lídia Pires e Albuquerque editores, 1983), e, no ano seguinte, a mesma obra recebe o Prêmio Cassiano Ricardo (Clube de Poesia de São Paulo). 

Em 1993, Rútilo Nada. A obscena senhora D. Qadós, (Pontes - 1993) recebe o Prêmio Jabuti como melhor conto. Os dados acima foram obtidos em livros da e sobre a autora, sites na Internet e nos Cadernos de Literatura Brasileira (IMS) - número 8, outubro de 1999.

Agraciada, em 2002, com o Prêmio Moinho Santista - 47ª edição,  categoria poesia.

Agraciada, em 2003, pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), na área de literatura, com o Grande Prêmio da Crítica pela reedição de suas "Obras completas".

Os dados acima foram obtidos em livros da e sobre a autora, sites na Internet e nos Cadernos de Literatura Brasileira (IMS) - número 8, outubro de 1999.

UMA CIDADE SEM MEMÓRIA CULTURAL É UMA CIDADE SEM FUTURO HISTÓRICO

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2 comentários:

  1. Caríssima Maria Granzoto,

    Fiquei muita satisfeita de chegar a seu blogue e ver a matéria tão completa postada sobre a escritora. Também tenho um blogue onde falo sobre literatura brasileira, posto novas poetas etc. Fiz há alguns tempo uma matéria sobre ela também que está em http://literaturaemvida2.blogspot.com.br/2010/02/literatura-de-ontem-11.html.
    Adicionarei seu blogue a meus favoritos. Parabéns.
    Eliane F.C.Lima

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  2. Adorei teu blog...
    já te add, se puder e quiser add o meu blog e ajude-me a divulgá-lo...

    http://em-busca-de-mim.blogspot.com


    Abraços


    Deise

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