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UMA CIDADE SEM MEMÓRIA CULTURAL É UMA CIDADE SEM FUTURO HISTÓRICO

1º Aniversário

Página Maria Granzoto
Editora de Literatura ArtCulturalBrasil
Arapongas - Paraná

Um ano depois…

Dia 20 de janeiro de 2010! O Blog ArtCulturalBrasil completa o seu primeiro ano de existência.
Na qualidade de colaboradora e de indisfarçável encantamento por este blog, não poderia furtar-me em registrar aqui algumas palavras.

Contando mais de 10.000 visitantes desde novembro passado, quando começou a contagem dos acessos e perto de centenas mensagens de carinho e de incentivo, deixados nos Comentários pelos leitores, são para mim motivo de orgulho e satisfação ter participado, ainda que timidamente, com alguns trabalhos. Não esperava tanto! E muito menos esperaria tantas e tão boas amizades! Razões óbvias para estar feliz!

Este espaço é a consequência da dedicação, da garra e da abnegação de seus dirigentes, especialmente no que tange à Literatura Brasileira, mais notadamente no gênero poesia.

QUARTA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2010 - 1º ANIVERSÁRIO

História curiosa… pois tudo começou quando, um dia, ao iniciar uma das minhas primeiras conversações pelo MSN com uma pessoa amiga. Um filho de Minas Gerais, terra de grandes autores! Aconteceu então que, em determinado momento, ao ler um Poema de José Antonio Jacob, ocorreu-me escrever as tais “Primeiras Palavras”, que aqui transcrevo: “Louvável a iniciativa da criação deste blog: artculturalbrasil, inteiramente dedicado à literatura brasileira! Estou deveras convencida de que, além do sucesso a que está fadado, haverá de ser uma inesgotável fonte de pesquisa e divulgação da nossa literatura, devendo atingir toda a sorte de leitores, tanto aos contumazes, bem como aos que desejam ampliar a sua cultura de mundo!” Hoje, continuo pensando da mesma forma!

E ainda digo mais, referindo-me às indicações do Sínodo: “Avancem para águas mais profundas!…”

De todas as formas de arte a literatura é a mais próxima da vida e a mais sintética, pois reúne todas as Artes, a filosofia, sociologia e tantas outras ciências, ao definir seus ideais de vida. Daí sua importância para a cultura. Sendo ela acessível aos diferentes especialistas, poderá formular novas formas de ação ética e padrões morais. Como um sismógrafo poderá ela captar o sentido interno da mudança que se opera no mundo. Para tal, conta com a intuição artística, que faz com que as mudanças sejam pressentidas antes pelos seus possuidores, passando depois aos campos sistemáticos do conhecimento.

A literatura pertencendo a um dos campos assistemáticos do conhecimento tem esse poder. Pode auscultar as mudanças que se operam no mundo e pela imaginação de seus grandes nomes, definir ao homem comum, novos caminhos.

Se não conseguir formulá-los com nitidez, pelo menos servirá como testemunho de uma época. A época que produz Camus, Kafka e Faulkner já escolheu seu destino: eles testemunham por ela.

Na época moderna à literatura cabe um papel integrador. O papel de superar o abismo existente entre a arte e a vida, arte e ciência, na medida em que ela mesma é concebida como uma forma de conhecimento dessa totalidade, que é o homem.

Cabe ao escritor viver plenamente sua época, pois só atinge a grandeza, aquele que sentiu seu próprio tempo. Este é o segredo da universalidade de um Goethe, Balzac ou Cervantes. De um Gregório, Castro Alves, Drummond, Bandeira, Fernando Pessoa, José Antonio Jacob e tantos outros!

Nessa tentativa de traçar com lucidez os quadros do mundo, onde se desenrola o drama humano, num período de transição, é que a literatura deixará de ser o “sorriso da sociedade”, para ser testemunho de uma época, uma mensagem acessível a todos, que permitia ao homem, independente de sua especialidade, sentir-se junto ao seu semelhante, como “igual entre iguais”, cumprindo um sábio preceito chinês. Se as profissões diferenciam o homem, cabe à arte uni-los em torno de ideais comuns. Isso ela pode fazê-lo, pois sua linguagem é universal e a condição humana idêntica em toda a face da terra.

É sabido e a história registra a importância da Literatura Portuguesa na construção da nossa Literatura Brasileira. Nos primeiros cem anos do chamado “Descobrimento” a nossa literatura esteve atrelada aos registros históricos e relatórios dirigidos à Coroa Portuguesa: era uma literatura de informação. Os relatórios dos colonizadores portugueses traziam implícita a marca cultural européia e eram meramente descritivos: relatavam da fauna, da flora, dos indígenas, da terra que, como disse Caminha, “em se plantando, tudo dá”.  Eram crônicas não-literárias, mas com grande valor histórico.A Carta de Pero Vaz de Caminha, o primeiro relato extenso sobre o Brasil, enviado a D. Manuel tão logo aqui chegou em 1500, é um documento precioso da nossa história.

Outros documentos da época eram os diários de viagem, das expedições guarda-costas, a princípio, em seguida das exploradoras e, por fim, das colonizadoras. Houve algumas outras obras, sempre essencialmente informativas: mas prosa e não poesia.

Na poesia o destaque é o jesuíta José de Anchieta, que escreveu poemas líricos e épicos. Escreveu nas areias das praias de Iperoig, atual Ubatuba, em São Paulo, com seu bastão: foram 4072 versos latinos de puro afeto à Virgem Maria. Anchieta veio para catequizar os indígenas e fez muito mais que isso: fundou a cidade de São Paulo, a Santa Casa de Misericórdia e foi professor, entre outras atribuições e funções que acumulava, influenciando sobremaneira no surgimento da nossa poesia brasileira.

Sinto-me grata e feliz por ter tido a honra em participar deste seu primeiro ano de cultura!

Parabéns! Parabéns!

Maria Granzoto


Atualizações 2010


Lineu Roberto de Moura
Presidente

4 comentários:

  1. Maria, querida!
    Eu não poderia deixar passar esta data tão especial para o blog, sem dizer da satisfação que eu sinto por constar como autora no Reino da Poesia e por ser uma seguidora do Blog.

    Tenho acompanhado também suas belíssimas apresentações analisando os sonetos do nosso querido poeta José Antonio Jacob, assim como outros grandes nomes da literatura, trabalho esse que nos enriquece tanto quanto seu rico conteúdo considerando o conhecimento que aqui adquirimos.

    Parabéns ao Blog, por seu primeiro aninho de vida.
    Que o sucesso continue.
    Abraços a toda a equipe.
    Irani Gennaro.

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  2. Conheci este espaço lindo,procurando poesias dos nossos poetas,adorei.Permita-me ficar por aqui.beijoss.Lia...

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  3. Anônimo00:35

    Eu sou uma menina de quase 7 anos. Por causa do meu poeta preferido, que é o poeta Jacob, sempre venho visitar este blog porque quero ler mais poesias agradáveis, aquelas que criança gosta, como a dos bonequinhos, florzinha e mais outras. Estou escrevendo para dizer a todo mundo que achei muito bonito o aniversário do blog porque colocou 3 crianças, querendo dizer que a poesia, quando é agradável, não tem idade. Pode ser para crianças, jovens e anciãos. E que pode ser para qualquer raça. A negra, a branca e amarela. A branca sou eu com os meus bichinhos de pelúcia. As outras crianças eu não conheço. Também gostei que mostraram a mulher - que sou eu - e o homem - que são os meninos. Acho que é para dizer que a poesia pode ser de todos. Só fiquei com água na boca por causa do bolo da fotografia. Mas minha vó fez um quase igual para mim. Muito obrigada. Cindy - eu não sou anônima porque esse é o meu nome = Cindy.

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  4. Querida Cindy, adorável menina de quase 7 anos!
    Sua cartinha demonstra que você já está quase uma mocinha de 7 anos, com uma inteligência superior à sua idade.
    As 3 crianças simbolizam exatamente o que você interpretou, parabéns!
    Também gostamos muito da poesia do poeta Jacob e temos certeza de que ele ficará muito emocionado quando ler esta sua mensagem, assim que voltar da viagem onde foi tratar do seu dodói.
    Beijos de todos aqui da ArtCulturalBrasil.

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