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UMA CIDADE SEM MEMÓRIA CULTURAL É UMA CIDADE SEM FUTURO HISTÓRICO

José Antonio Jacob

Juiz de Fora - MG
1950
"Todo sonho é dolorido,
porque nele nós supomos,
que somos (sem termos sido)
o que pensamos que somos."

(José Antonio Jacob)


José Antonio de Souza Jacob, filho do comerciante Antônio José Jacob e de D. Heloisa de Souza Jacob, nasceu em Juiz de Fora (MG) em 11 de fevereiro de 1950 onde realizou seus primeiros estudos, ingressando em seguida no curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais "Vianna Júnior”.

No final dos anos 70 iniciou-se no jornalismo como redator da Gazeta Comercial, tendo nessa época se aprofundado no estudo de Filosofia e Letras e logo em seguida foi admitido, por concurso, na área de Recursos Humanos da Companhia Telefônica de Minas Gerais, tendo se aposentado do serviço público em 2005. Desde as primeiras letras o menino José Antonio de Souza Jacob foi estimulado a ler poetas, levado pela mão de seu pai, um comerciante que apreciava poesia, especialmente a dos brasileiros e dos portugueses. Entre as leituras de sua adolescência estão poesias de Raul de Leôni, Mário Quintana, Augusto dos Anjos, António Nobre, Cesário Verde, Fernando Pessoa, José Gomes Ferreira e Charles Baudelaire. Da mãe Heloisa herdou a doçura das palavras e a maneira singela de contemplar a vida sem ser alienado.

Seu estilo simples e requintado de escrever poesia conquistou grandes poetas e escritores, de sua cidade, de quem passou a desfrutar de convivência contínua, mesmo ainda muito jovem. Por sua perfeição na metrificação e na qualidade poética é considerado por muitos que conhecem sua obra como “um dos mais importantes sonetistas da língua portuguesa na atualidade”. Este juizforano, nascido sob o signo de aquário, recusa-se a escolher seu verso do coração e a participar de escolas e grupos literários, preferindo o sossego da vida bucólica nos arredores de Juiz de Fora. A 27 de abril de 2007 foi condecorado e recebeu a insigne Medalha do Mérito Legislativo, Mérito Excepcional em Poesia, na Câmara Municipal de Juiz de Fora. A 06 de julho de 2007 foi sancionado pelo prefeito de Juiz de Fora o "Título Honorífico de Cidadão Benemérito de Juiz de Fora ao Poeta José Antonio de Souza Jacob", por indicação do vereador Bruno Siqueira, com aprovação unânime da Câmara Municipal.(Fragmentos de texto extraído da Revista Comemorativa dos 154 anos da Câmara Municipal de Juiz de Fora - 2007 )


O Beijo de Jesus
(José Antonio Jacob)

Eu era criança, mas já percebia,
O pouco pão que havia em nossa mesa
E a aparência acanhada da pobreza
Que tinha a nossa casa tão vazia.

De noite, antes do sono, uma certeza:
A minha mãe rezava a Ave-Maria!
E ao terminar a prece eu sempre via
No seu olhar uma esperança acesa.

Após a reza desligava a luz,
Beijava o crucifixo e a fé era tanta
Que adormecia perto de Jesus.

Depois que ela dormia (isso que encanta)
Nosso Senhor descia ali da cruz
Para beijar a sua face santa...


Jardim sem Flores
(José Antonio Jacob)

Para acalmar a febre do meu rosto
Encosto a fronte na vidraça fria
E fico a olhar a rua tão vazia,
Pois tudo está sem graça no sol-posto.

Lá fora o vento passa e empurra o dia,
Que vai embora como o rei deposto,
Se para alguns deixou muita alegria
A tantos outros só deixou desgosto.

E, enquanto a tarde inclina-se a este poente,
Eu desço para o meu jardim sem cores
Que está (como eu estou) triste e descrente.

E juntos soluçamos nossas dores:
Eu por estar magoado, velho e doente
E o meu jardim por ter perdido as flores.


Roseiras Dolorosas
(José Antonio Jacob)

Estou sozinho em meu jardim sem cores
E, ainda que eu tenha mágoas bem guardadas,
Cuido dessas roseiras desmaiadas
Que em meu canteiro nunca abriram flores.

Tais quais receosas almas delicadas
Elas se encolhem sobre seus temores
E abortam seus rebentos nas ramadas,
Enquanto vão morrendo em suas dores.

Quantas almas, que por serem assim,
Como essas tristes plantas no jardim,
Calam-se a olhar o nada tão descrentes...

Feito as minhas roseiras dolorosas
Que só olham para a vida, indiferentes,
E não me dão espinhos e nem rosas.


Despercebimento
(José Antonio Jacob)

Dentro dos seus sapatos desbotados
Ele saiu de casa e foi distante,
E foi além da conta, andou bastante,
Até achar caminhos nunca achados.

Esse homem, descontente e itinerante,
 Não disse adeus quando se foi aos lados,
Deixou atrás de si rostos molhados
E colocou a Sorte vida adiante.

Depois voltou trazendo na memória
O que o Mundo não lhe pode servir.
E ao retornar ao lar: - Ó Sorte inglória!

Nenhum sorriso amado viu sorrir...
Chamou, cantou, chorou, contou história,
Mas ninguém quis saber e nem ouvir.


Desenho
(José Antonio Jacob)

A nuvenzinha que no céu passou,
Lépida e alegre, sem nenhum rumor,
Num pé de vento foi e não voltou:
Era uma folha num jardim sem flor...

Virando a folha um sol no céu brilhou
E fez surgir um dia de esplendor;
Veio uma sombra e o dia se apagou:
Era um desenho num papel sem cor...

Por que será que meu rabisco leve,
Que traço em suavidade colorida,
Esvoaça fácil feito um sonho breve?

E tudo o que eu amei foi despedida...
E por que o meu destino não escreve
Uma história feliz na minha vida?


O Vendedor de Bonequinhos
(José Antonio Jacob)

Todo dia na beira da calçada
Uma corda encantada eu estendia
E nela pendurava uma braçada
De bonequinhos feios que eu vendia.

Eram polichinelos que eu fazia
Com trança de algodão à mão desfiada,
No pano das feições não conseguia
Puxar-lhes traços de melhor fachada.

Ao desbotar o azul no fim do dia,
Quando eu os desatava dos alinhos
Desse varal de cordeação brilhante,

Esses desengonçados bonequinhos
Desciam-me nas mãos com alegria
E me davam abraços de barbante!


Quanto Tempo nos Resta?
(José Antonio Jacob)

Nossa vida é uma história mal contada,
Uma vaga novela incompreendida...
Para alguns é um feliz conto de fada,
Para outros uma lenda indefinida.

Vivemos de alvorada em alvorada,
(Que tempo ainda nos resta nessa vida?)
A dar sorrisos largos na chegada
E a lamentar a perda na partida.

Que bom matar o tempo numa rede,
Se ele nos desse a viva eternidade
De um quadro pendurado na parede...

E, enquanto a vida passa e o tempo avança,
Quanta tristeza vai numa saudade,
Quanta alegria vem numa esperança!


Soneto de Natal
(José Antonio Jacob)

Essa mulher que sonha, sofre e chora,
Que o escasso seio estende e o acaricia,
Ao filho magro que seu leite implora,
Podia se chamar Virgem Maria.

O que lhe importa se essa noite é fria
E se além da porta é Natal lá fora,
Se Jesus Cristo nasce todo dia
E está dormindo no seu colo agora?

Ela é Nossa Senhora da Pureza,
Cuida da nossa vida de pobreza
E ora por nós que somos filhos seus...

Essa mulher que sonha, sofre e chora,
Só pode ser, então Nossa Senhora,
A Mãe de todos nós... A Mãe de Deus!


O Pai e a Terra
(José Antonio Jacob)

O pai andava ao sol, à chuva e ao vento
E arava a terra que era o trigo e o pão,
Dela colhia a suor todo sustento,
Depois sorria agradecido ao chão.

De tarde, após cuidar da plantação,
Erguia o seu chapéu ao firmamento
E esse gesto era a forma da oração
Que ele dizia a Deus em pensamento.

Um dia, doente, olhou a esposa e o filho
E contemplou lá fora o campo e a serra
Até o seu olhar perder o brilho.

Depois veio um silêncio de abandono...
A mãe levou o filho num outono
E o pai ficou sozinho sob a terra.


Esperança Morta
(José Antonio Jacob)

Minha ruazinha triste está tão doente
E as casas de janelas apagadas,
O meu jardim morreu na minha frente
E ninguém passa mais nessas calçadas.

Ah, ruazinha... (quem a conhece sente)
Suas cores estão mais desbotadas!...
E para mais piorar a dor na gente
As nuvens lá no céu estão paradas.

Não posso mais sonhar sua lembrança
E ver, lá fora, pela minha porta,
Passar alguém alegre feito criança.

Ao acordar eu vejo, desolado,
Que é uma esperança que amanhece morta
E fica o dia inteiro do meu lado...


Casinha de Boneca
(José Antonio Jacob)

Um dia ela guardou os seus segredos,
Pois que sentiu que o amor ao longe vinha,
Trancou no quarto todos seus brinquedos
E o sonho da boneca e da casinha.

E foi buscar aquilo que não tinha
No alegre faz de conta dos seus dedos,
Contou tristezas e chorou sozinha,
Depois sorriu das mágoas e dos medos.

Passou o tempo e ela seguiu a sina.
E assim, com a decência que ilumina,
Também andou por onde o mal caminha...

Quanta ternura tem essa velhinha,
Que fica no seu quarto de menina,
Brincando de boneca e de casinha!


Crença
(José Antonio Jacob)

Quando firmava o azul e o sol abria
Ao dia a sua bem-aventurança,
O homem bom repartia à vizinhança
Toda espécie de estima que sentia.

E ele acordava cheio de esperança
De vir o dia - após um novo dia -
Só para dar-lhe apreço e cortesia
Na sua ingênua crença de confiança.

Depois curvava a fé que lhe convinha
À soleira da porta e de tardinha
Contava as horas, crédulo a sorrir.

E a noite o recolhia nesse afã
De estar sempre esperando esse Amanhã
E sempre esse Amanhã tardando a vir...


Revelação
(José Antonio Jacob)

Sabeis nada de mim e sabeis nada
Porque venho regresso de outra lida.
Nada me perguntastes na chegada,
Tambám nada eu direi na despedida.

Se eu volto de uma alegre caminhada
 Ou se deixei tristeza na partida...
Pode ser que ao final dessa jornada
Nada ainda sabereis da minha vida.

Não entendeis do céu que nos assiste?
Trago nos olhos grandes o olhar triste,
Tais quais olhos da noite arregalados.

Espiai essas estrelas tão banais:
Tantos mundos distantes revelados,
Mas que aos olhos dos homens são iguais!

(Do livro Almas Raras ed. artculturalbrasil - 2007)


Velho Órfão
(José Antonio Jacob)

Desde cedo esperei o que não vinha
E a minha vida foi perdendo o prazo:
Fui vendo a minha sombra mais sozinha
E o meu destino cada vez mais raso.

E, enquanto andei do quarto até a cozinha,
Pesou-me o passo e me causou atraso,
Desfolharam-se os dias na folhinha
E o tempo foi morrendo em meu ocaso.

Súbitos longos anos tão estreitos,
Sinto vê-los perdidos sem proveitos
E sem proveitos não me presto mais.

Eu sou aquele velho desolado,
Que vive a andar atrás do seu passado
Feito a criança órfã que procura os pais.



Amor-Próprio Ferido
(José Antonio Jacob)

Anos e anos eu sinto as invejosas
Pontadas de ciúmes no meu peito
Ao recitar poesias primorosas
Com versos que eu queria tê-los feito.

Ah! Deus! Eu trago em mim as rancorosas
Mágoas e uma coroa de despeito
Das alheias estrofes luminosas
Que leio na penumbra do meu leito.

Mas tenho ainda uma frase que alimenta
A vingança da dor que me restou...
Caio em delírio e a minha febre aumenta.

E o espectro de loquaz, que acho que sou,
Murmura um verso que a demência inventa
Para um amor que nunca me escutou.


Mais José Antonio Jacob

34 comentários:

  1. Caríssimo Poeta Jacob, não vou fazer comentários nem análises de sua obra, pois Maria Granzoto e outros tantos estudiosos já o fizeram com maestria. Suas criações estão aqui para serem sentidas e abraçadas por nós, por isso deixo-lhe minha admiração, meu respeito e meu eterno aplauso.
    Parabéns e obrigada por nos presentear com a mais pura beleza poética!
    Carinhosamente,
    Marise Ribeiro

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  2. Anônimo15:14

    Meu querido poeta Jacob! Você sabe, na medida certa, quão grande é a minha admiração por você! Eu diria até veneração! Passei a manhã de hoje com "O Vira-Lata", soneto de sua autoria que nos provoca gama de sentimentos inenarrável! Escrevi todos os sentimentos que me brotaram desse poema! Encaminhei meus singelos comentários a você!Espero que goste! Obrigada por sua existência!
    Com imenso carinho,
    Maria Granzoto

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  3. Caríssimo Poeta, José Antonio Jacob... Obrigada por aceitar fazer parte do novo quadro do blog ArtCulturalBrasil, o qual terá a minha supervisão. Sem a sua participação, certamente ele não teria o brilho que terá.
    Com elevada estima e admiração,
    TerePenhabe

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  4. Ilustre e querido poeta José Antonio Jacob, sou sua admiradora e fã número 1. Coleciono com muito carinho toda sua poesia. "Almas Raras" é o meu amado livro de cabeceira. Parabenizo o blog artculturalbrasil por nos proporcionar ler um ícone da poesia brasileira, um mito, ainda em vida. Que Deus lhe proteja com muitos anos de vida para o bem da nossa poesia.
    Com emoção e felicidade, sei que você vai ler estas minhas linhas e saber que eu existo, deixo meu carinhoso abraço (que gostaria imensamente de dar pessoalmente, quem sabe um dia?)
    Elza Valéria

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  5. Anônimo17:53

    José Antonio Jacob
    "Quanto Tempo Nos Resta? "
    Quantos arrebois ainda verei,não sei.
    Mas pela escassez do tempo que me resta são cada vez mais lindos.
    Abraços
    Dária Farion

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  6. Hoje recebi o convite para ler :
    ALMINHA de
    José Antonio Jacob.

    Já acostumamos aos belos sonetos do poeta, onde vai deixando na sua passagem , momentos únicos poéticos. Eu tenho o seu Livro editado Almas Raras, que o deixo aqui em cima de minha escrivaninha, pois retornar sua leitura, é tão precioso, quando um lindo alvorecer, pois tem sua alma em suas letras, meus cumprimentos ao poeta e a todos deste evento aqui feito,
    Efigênia Coutinho

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  7. Bom-dia Poeta! Muita luz e paz para você!
    Venho trazer-lhe os merecidos aplausos pelo teu "Uma temporada na Roça", onde mostra claramente e mais uma vez, que a poesia mora em teu coração.
    Aprendi muito, com muitos amigos aqui na internet, e com a tua poesia, eu aprendi a emprestar ternura às palavras, por mais negativas que sejam, nessa forma mágica que só você consegue. Parabéns! Que você registre em sonetos, tudo o que tem visto, sentido e vivido nessa tua temporada na roça, porque os olhos da tua alma são únicos! Conseguem ver e descrever o mundo e os sentimentos, dessa forma sensível e terna, que poucos conseguem.
    Meu abraço de aplausos e admiração sincera
    TerePenhabe

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  8. Anônimo13:17

    “Jardim sem Flores”! Mais um perfeito expressar dos sentimentos humanos! A luta com a fúria da febre que precisa ser acalmada com o frio da vidraça que, na sua transparência, expõe o nada, o ninguém... O vento, com sua força, procura forçar a chegada de mais um dia de vida vazia, trazendo a noite sombria... A negação de um pretenso jardim desbotado pelas lágrimas febris de um ser que ama e por amar, sofre. Sofrer por quem se ama ou por não ser amado gera uma dor tão doída, difícil de ser explicada. Só existe para ser sentida. Ninguém a vê, a exemplo de um jardim sem flores, que somente você, Jacob, sabe traduzir! Lindamente triste! Maria

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  9. Adorei essa poesia da Esperança Morta.Linda como tudo o que vi por aqui...Muito obrigado, um abraço,chica

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  10. Ilustríssimo José A.Jacob,
    fica muito difícil diante de tanta perfeição e beleza poética, postar um comentário, que seja totalmente pleno e digno da avaliação de sua maravilhosa obra poética, então prefiro apenas ser emocional e dizer a verdade que posso, sem medo de errar: Eu te amo!
    Saudações
    Nelma Rubim Gonçalves Dias
    Colunista Cultural
    www.macaenews.com.br

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  11. Anônimo11:21

    Olá amigo poeta,

    deixei uma postagem para você, mas não sei se foi enviada corretamente...depois verifico e retorno..aliás retornarei sempre!
    Abraços e sucesso!

    Nelma Rubim

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  12. Grande poeta José Antonio Jacob! O “Velho Órfão” é mais um soneto de sua autoria, que mexe com os nossos sentimentos! Será que viver é ser livre? Que a vida é essa luta constante para manter-se vivo... Será que o tempo cura e a decepção não mata? Que hoje é reflexo de ontem... Que dor fortalece... Que a beleza não está no que vemos, e sim no que sentimos... Será que nos acostumamos como que não nos faz feliz? Será que devemos alagar nosso coração de esperanças, mas sem nelas se afogar? Se acharmos que precisamos voltar, deveremos? Dizia Saint Exupéry: "O QUE TORNA BELO O DESERTO É QUE ELE ESCONDE UM POÇO N'ALGUM LUGAR...Nada nesta vida é perene. Tudo se evapora, como os dias que nunca foram. “Desde cedo esperei o que não vinha/E a minha vida foi perdendo o prazo,/Fui vendo minha sombra mais sozinha/E o meu destino cada vez mais raso.”As palavras solitárias que não se percebem.A nossa vida é cheia de lições que podemos ou não aprender. Nada acontece por acaso. Cada lição, cada tribulação é uma pérola que podemos colher ou não. A voz não tem fronteiras e as barreiras são impulsos que nos tornam gigantes. Somos gente... Somos história... Somos caminho que nunca se tardia, quando tudo parece ser tão irrecompensável e sem valor. Em nosso peito bate um coração que pulsa no ritmo das palavras sem limites. Sem limites para um sonho que não se esvai; sem limites para a vida que não se finda em “pesados passos”. Somos protagonistas de nossa própria história vivida, sofrida, dedilhada num acorde de violão, ou simplesmente declamada nos versos de uma poesia. “Eu sou aquele velho desolado,/Que vive a andar atrás do seu passado/Como a criança órfã que procura os pais.” Chorar sem saber por quê; chamar quem não nos responde e abraçar quem nos não vê. Quem sabe, faz! Maria Granzoto.

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  13. Amigo Jacob!
    Maravilhoso
    este espaço.
    A_M_E_I !
    Sua
    sensibilidade
    Poética faz com
    que a essência
    plena dos Valores
    Humanos se manifestem
    em suas inspirações.
    Luz D Deus!
    Bjo Bjo Bjo para o C2.
    BeL Palhares***

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  14. Hoje recebo está máxima em homenagem ao dia das mães do escritor José Antonio Jacob.
    Que momento emocionante, pois quem não
    comunga deste soneto com sua pessoa,
    onde ele na simplicidade,
    fala de sua querida mãe.
    Eu somente tenho que agradecer a Deus,
    por este significativo evento
    lido do Poeta,
    com admiração,
    Efigênia Coutinho

    MÃE
    Para, Marcela, Marianne e Moacyr Mallemont
    (meus filhos)


    Na mocidade, quase toda menina
    tem divagação e indefinido anseio,
    idealiza um esposo e um lindo ninho cheio
    dos encantos que traz a gente pequenina!

    Não fazendo exceção as normas feminina
    lembro-me, também tive este doce sobressalto,
    o inquieto devaneio da mulher em sentimento
    em ser Mãe, nosso instinto da suprema sina!

    Mas eu, que tal missão ousaria merecer,
    a fim de transfundir a seiva do meu ser
    noutro ser, e escutar a melodia Mamãe!

    O milagre da natureza rompeu-se no interior
    do meu ventre qual três sementes em terra
    fértil, me fazendo MÃE neste Paraíso superior...


    Efigênia Coutinho
    Balneário Camboriú
    MAIO

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  15. Poeta José Antonio Jacob, fora estar aqui me enriquecendo com os seus poemas, também venho para parabenizá-lo pelo lindo poema "Minha Mãezinha", que acabo de receber do ArtCultura.
    Parabéns e obrigada a você e a toda a equipe desse espaço que tanto colabora com o mundo da Poesia.
    Com carinho,
    Sandra

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  16. lindo este poema minha mãezinha
    abraço com ternura...
    Ana Maria

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  17. Meus cumprimentos ao poeta José Antonio Jacob por nos brindar, mais uma vez, com a sua arte de compor sonetos! “Minha Mãezinha”, em homenagem ao Dia das Mães, vem repleto de polissemia, bastando para tanto, o morfema –inha que traduz, sem dúvida, uma riqueza de nuances. Poderá parecer contraditório aos olhos de alguns que o diminutivo traduza grandiosidade de sentimentos! Rocha Lima, um dos autores de gramática normativa diz que “em regra, os diminutivos encerram idéia de carinho.” E é com esta que ficaremos. E para evitar candongas outras, utilizou-se de uma aférese e m”esperdiçar”, que é o mesmo que desperdiçar. Aí reside a grandeza do poeta: aparentemente para manter a métrica, (mesmo que não use o recurso da aférese o verso permanece no decassílabo, porque o poeta fez a elisão "esperdiçar a hora" no final do verso. Só grandes metrificadores ousam colocar tamanha sutileza num verso de soneto). A utilização desse recurso estilístico, que poderá parecer um “cochilo”, mas bem o sabemos que não o é, demonstra que o poeta brinca com as palavras dentro da métrica sem perder o compasso.
    Mas o que mais nos dá prazer é a leitura do soneto e o mergulho no mundo da imaginação! Maria Granzoto.

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  18. Caríssimo Poeta Jacob, ganhei mais uma jóia rara para enfeitar meu relicário, lugar onde guardo os amigos preciosos. Minha Mãezinha é o canto da pureza, mesclado à realidade diária das mães.
    Parabéns e obrigada por nos presentear com mais uma magistral inspiração!
    Estendo meus cumprimentos ao ArtCulturalBrasil e agradeço pelos votos de um Feliz Dia das Mães.
    Meu carinho e minha admiração,
    Marise Ribeiro

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  19. Querido Jacob:

    Talvez eu seja mesmo essa velhinha que brinca de boneca e de casinha...continuo poetando e construindo sonhos ...Sinto sua falta meu mestre amigo. Em minimas palavras vc me ensinou tanto! Saudades do amigo ...saudades do mestre...saudades de Jacob! Beijos!

    taniarenato_53@hotmail.com

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    1. Anônimo13:15

      Querida Tânia quanto tempo!
      Sinto-me honrado por receber suas palavras que me são tão caras e amigas.
      Também sinto saudades da dileta amiga.
      Acolha meu beijo de carinho e gratidão,
      José Antonio Jacob

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  20. “Delírios de Maio” remete-nos a tantas imagens que se torna impossível comentar em poucas palavras. Maio é um mês especial para mim porque foi nele que vim ao mundo. E cada uma das estrofes do poema são quadros da minha trajetória de vida, desde a infância ( “...Dos anjinhos...) até o presente momento (...E encanto-me de ver um ébrio louco/Declamando Camões para as estrelas.” Poeta Jacob! Perdoa a minha ousadia, mas você, em seus poemas, é a própria vida! Maria Granzoto

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  21. Do livro “Almas Raras” ed. artculturalbrasil – 2007, meu livro se cabeceira e que não me canso de ler e reler, porque em cada poema há um pedaço de mim! A vida é assim: nada perguntamos a outrem quando por ele nos encantamos. E de repente, na despedida que nem sabíamos que poderia ocorrer, visto que amamos desmedidamente, só encontramos tristezas pelas faltas de respostas! Mas não concordo qie os olhares sejam iguais! Cada um de nós vê com os olhos que tem! Por isso amo essa “Revelação”, de José Antonio Jacob: “Nada sabeis de mim e sabeis nada/Porque venho regresso de outra lida./Nada me perguntastes na chegada/E nada vos direi na despedida./Se eu cheguei de uma alegre caminhada/- Ou se deixei tristeza na partida -/Pode ser que ao final dessa jornada/Nada ainda sabereis da minha vida./Não entendeis do céu que nos assiste?/Trago nos olhos grandes o olhar triste,/Tais quais olhos da noite arregalados./Espiai essas estrelas tão banais:/Tantos mundos distantes revelados,/Mas que aos olhos dos homens são iguais...”
    Aparentemente iguais, diria eu! Maria Granzoto.

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  22. Anônimo01:08

    Sabia poeta Jacob, que minha vó Maria leu para mim “O Vendedorde Bonequinhos”? “De manhãzinha à beira da calçada/Todo dia uma corda eu estendia/E pendurava nela uma braçada/De bonequinhos feios que eu vendia.” Eu nunca vi um fora da minha escola ( escola que vó Maria fez e roubaram dela! Mas, de vez em quando aparecem alguns artistas e se a gente pagar de cinco a dez reais, podemos ver polichilenos ! Não sei se são os seus! Minha avó diz que não, mas não vai lá para ver! Apenas diz, que são de Jacob!” Eram polichinelos que eu fazia/De trança de algodão, à mão desfiada.../No pano das feições não conseguia/Puxar-lhes traços de melhor fachada./Ao desbotar o azul no fim do dia,/Quando eu os desatava dos alinhos,/Desse varal de cordeação brilhante,/Esses desengonçados bonequinhos/Desciam-me nas mãos com alegria/E me davam abraços de barbante!” Eu já pedi a ela que me ensinasse, mas ela diz que não sabe! Você pode ajudar a pobrezinha da Cindy?Só aprendi a pular cordas, mas minha vó não aguenta muito. Coitada! Já está quase bem velhinha. Ela agüenta só um pouco!Cindy

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  23. Anônimo13:14

    Historinha para Cindy

    Querida Cindy, quando eu tinha sua idade minha cidade era tão pequenininha que cabia dentro de uma caixinha de fósforos. Todos moravam nessa caixinha e ainda sobrava lugar para um jardim na pracinha, uma igrejinha e um parque de cavalinhos e roda- gigante. No mês de junho as pessoas dançavam a quadrilha em volta de uma grande fogueira, onde um palhaço de pernas-de-pau pulava em volta de um “anãozinho” que tocava sanfona, sentado num banquinho de madeira. Quando a madeira da fogueira virava cinza, e o fogo se apagava, o prefeito, que era um homenzinho feio de terno preto, cortava as árvores da pracinha, arrancava as pernas-de-pau do palhaço e o banquinho de madeira do “anãozinho” para queimar na fogueira da pracinha. Com isso as crianças da caixinha de fósforos tomaram grande antipatia daquele homenzinho feio de terno preto, porque ele não tinha piedade do palhaço, nem das árvores, tampouco do anãozinho que tocava sanfona.
    Foi então que eu tive a idéia de fazer os tais bonequinhos de algodão que pendurei em barbantes para alegrar a criançada da minha caixinha de fósforos. Fiz os polichinelos de pernas-de-pau, os “anãozinhos” que tocavam sanfona, espantalhos, sapinhos, grilinhos, borboletas coloridas que batiam as asas, passarinhos de todas as cores e muitas árvores risonhas. No dia seguinte o prefeito voltou a entrar na nossa caixinha de fósforos para queimar os bonequinhos na fogueira, mas ele trouxe seu filhinho que se encantou com os bonequinhos de algodão a ponto de também sorrir e cantar aquelas cantigas de roda de antigamente que os bonequinhos alegres cantavam dançando nos barbantes. Então, querida Cindy, a cara do prefeito foi ficando grande, mas tão grande que não coube mais na caixinha de fósforos. Desse jeito ele teve que sair depressa, tropeçando e correndo, e pulou para fora da caixinha para nunca mais aparecer nessa historinha que escrevi aqui no meu computador só para você.
    Beijos do seu “poeta”.

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  24. Anônimo11:32

    NOSSAAAAAAAAAAA que maravilha adorei parabens

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  25. Anônimo07:49

    Perdi tudo o que escrevi para você, meu poeta!Cindy.

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  26. Parabéns ao poeta Jacob pelo lançamento de seu novo livro que, certamente em breve se esgotará! O empobrecido Brasil precisa da sua Literatura, poeta! Agradeço ao ArtCulturalBrasil pelo apoio e comunicado! Maria Granzoto.

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  27. Caríssimo Poeta Jacob, só pela amostra dos novos poemas que recebi nos últimos dias, já tive a certeza de que virá mais um lançamento de extremo sucesso.
    Parabéns pelos novos sonetos! Aproveito para agradecer ao ArtCulturalBrasil pela divulgação e pelo carinho a mim dedicado.
    A todos, a minha admiração e o meu respeito,
    Marise Ribeiro

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    Respostas
    1. Anônimo13:08

      Estimada poetisa e escritora Marise Ribeiro.
      Feliz e honrado agradeço suas palavras de incentivo e reitero votos de saúde e paz.
      Seu leitor e admirador poético
      José Antonio jacob

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  28. Querido Mestre, Poeta dos meus sonhos...
    Sei que sua poesia já atravessou as fronteiras, mas para mim José Antonio jacob sempre será a mesma figura amável que me encantou a alma de poesia na adolescência dos meus sonhos.
    Sua saudade me dói, Poeta...
    beijos
    S.

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    1. Anônimo12:58

      Querida Sandra, com carinho e saudade guardo boas lembranças de nossa amistosa convivência. "A saudade sempre pede mais..."
      beijos do
      José Antonio Jacob

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  29. Jacob e Maria, o que dizer diante da beleza e grandeza de vocês?Saudades......sempre eternamente saudades....Abraços.
    Nelma Rubim

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    1. Querida amiga, mestra e jornalista Nelma Rubim.
      Precisamos nos encontrar um dia qualquer em qualquer esquina de qualquer cidade, pois onde você estiver quero estar perto de qualquer jeito.
      beijo saudoso,
      José Antonio Jacob

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  30. Excelente este blog. Aqui encontrei poetas extraordinários, a exemplo de Belmiro Braga, José Antonio Jacob, entre outros. Visitando e lendo este blog, encontro as possibilidades de enriquecer as minhas humildes letras. Onofre Ferreira do Prado

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