Minha Mãezinha
(José Antonio Jacob)
Minha mãezinha é aquela que não chora
E traz em casa as compras na sacola,
Depois me deixa no portão da escola,
Manobra o carro em frente e vai embora.
Minha mãezinha não esperdiça a hora,
Sai a trabalho assim que o sol descola,
Almoça e janta todo dia fora,
Mas o domingo inteiro me consola.
E se estou sozinho eu não sinto medo,
Quando ela chega tarde é sempre cedo
E entra a sorrir dizendo que me adora...
Antes de me deitar rezo baixinho
E peço para que Nossa Senhora
Derrame a luz do céu no seu caminho.
Lineu Roberto de Moura
Presidente
O soneto “Minha Mãezinha” do poeta José Antonio Jacob, a iniciar pelo título, expressa o enorme carinho que um filho sente por sua mãe. Parece contraditória tal afirmação, pois o diminutivo traduz grandiosidade de sentimentos! Alguns dos autores de Gramáticas Normativas ressaltam que o morfema indicador de grau diminutivo pode admitir diferentes valores. Rocha Lima afirma que “em regra, os diminutivos encerram idéias de carinho; e nada mais importante no dia de hoje do que a expressão do carinho e gratidão que todos sentimos por nossas amadas mães, estejam aqui conosco ou habitando em outras esferas! Linda a homenagem , poeta Jacob! Que sirva de exemplo para tantos desnaturados que, sequer, felicitam suas mães nesta data especial! Maria Granzoto.
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